As alterações no processo de certificação têm como objetivo ajudar os clubes a melhorarem o processo de formação dos atletas, quer ao nível desportivo, quer pessoal.

Conscientes da importância da contínua melhoria do processo de formação e por forma a garantir as melhores condições tanto aos clubes como aos atletas, a Federação Portuguesa de Futebol efetuou algumas alterações no processo de certificação de entidade formadora para a época 2019/2020.

Tendo em conta a importância da certificação, e para que todos os clubes se mantenham atualizados, apresentamos as principais modificações da FPF no processo de certificação para esta época.

Principais alterações no processo de certificação de entidade formadora

Apesar de quase todos os critérios terem sofrido algumas alterações, aqueles que foram alvo de maiores intervenções foram o critério de Planeamento e Orçamento, Médico-Desportivo, Formação e Instalações e Logística.

1. Ética e Integridade

As alterações no processo de certificação estabelecem a Ética e Integridade como um subcritério do Planeamento e Orçamento (critério 1).

Neste sentido, todas as entidades a partir de 3 estrelas são obrigadas a ter um responsável pela gestão e implementação dos vários tópicos relacionados com a Ética e Integridade.

Plano Nacional de Ética no Desporto

Com as novas alterações no processo de certificação da FPF, passa a ser obrigatório para todas as entidades com 1 ou mais estrelas, a submissão de uma iniciativa de certificação pela Bandeira de Ética.

Integridade

De forma a garantir que os clubes implementem normas de ética e integridade, todos os clubes são obrigados a tomar conhecimento das Linhas Orientadoras de Integridade desenvolvidas pela FPF.

Os clubes com 1 ou 2 estrelas têm que incluir no Manual de Acolhimento e Boas Práticas um quadro com medidas disciplinares para os encarregados de educação e pais dos atletas. Por sua vez, as entidades a partir de 3 estrelas têm que incluir no manual conteúdos sobre integridade e comportamentos a adotar em relação a apostas e Match Fixing.

Todas as entidades, mediante a sua classificação têm que promover ações de formação para atletas, pais e equipas técnicas sobre o tema Ética e Integridade.

2. Acompanhamento Médico-Desportivo

Devido à dificuldade de encontrar profissionais especializados nesta área e de modo a não sobrecarregar os clubes, a FPF “aliviou” as exigências no critério 5 e nos seus subcritérios.

Subcritério Direção Clínica/Acompanhamento Médico-Desportivo

De acordo com as alterações no processo de certificação, as entidades de 3 estrelas deixaram de ser obrigadas a ter um Diretor Clínico especializado ou pós-graduado em Medicina Desportiva;

No caso das entidades de 1 e 2 estrelas em que não haja um médico, a coordenação do departamento médico-desportivo pode ser assegurada por um enfermeiro ou fisioterapeuta, certificado.

Para os Centros Básicos de Formação de Futebol (CBFF), na ausência de uma das 3 pessoas identificadas acima, pode ser um técnico de suporte básico de vida e primeiros socorros, certificado, a coordenar o departamento.

Para as entidades de 4 e 5 estrelas continua a ser obrigatório que o cargo de Diretor Clínico seja executado por um médico especializado ou pós-graduado em Medicina Desportiva.

Subcritério Acompanhamento de Treinos e Jogos

Para as entidades de 1 a 3 estrelas, o acompanhamento em treinos e jogos pode ser feito por outros profissionais de apoio da área de saúde nomeadamente osteopatas, auxiliares de fisioterapia e/ou técnicos de SBV e Primeiros Socorros. No entanto, a coordenação tem que ser feita por um fisioterapeuta e/ou enfermeiro;

Para os CBFF, o acompanhamento nos treinos e jogos pode ser assegurado por técnicos de SBV e Primeiros Socorros, certificados.

Nas restantes entidades não houve alterações.

3. Formação Desportiva e Instalações e Logística

As novas alterações no processo de certificação de entidade formadora, estabelecem que os avaliadores possam atribuir pontos extra aos clubes que excedam a qualidade da formação desportiva (critério 4), em termos de conteúdos apresentados, e, a qualidade das instalações do clube (critério 8), tendo em conta a sua dimensão, grau de conservação, inovação e condições de higiene e limpeza.

Os pontos extra podem ser de 1 se o clube estiver acima da média ou 3 se elevarem ao nível de excelência os requisitos supramencionados.

Melhoria contínua nos padrões de qualidade da formação

Tal como nos clubes que querem que o processo de formação tenha evolução ao longo dos anos, a FPF também mostra que está atenta e efetua as respetivas melhorias tanto para ajustar aos clubes como para acompanhar as exigências dos nossos dias.

Assim, estas alterações, visam dotar os clubes de linhas orientadoras, que permitam regular, elevar e unificar quer os padrões de qualidade da formação, quer os valores e cultura desportiva em Portugal.

O processo de certificação é importante para todos os clubes de futebol ou futsal, pelo que deve ser encarado como uma prioridade!

As candidaturas estão abertas até dia 31 de outubro. Submeta a auto-avaliação do seu clube!